Para quem deseja um resumo do pensamento de Friedrich August von Hayek, recomendo “Os Erros fatais do socialismo – Por que a teoria não funciona na prática”, produzida no crepúsculo de sua vida, com a saúde debilitada, contando com a ajuda de sua assistente, Charlotte Cubitt.

Hayek, no meu entendimento, talvez tenha sido o maior pensador de economia do século XX; um erudito que se ocupou bastante em estudar os problemas do socialismo, enfrentando o mainstream keynesiano e, seguindo os passos do mestre Ludwig von Mises, esmiuçou os supostos “fundamentos  científicos” do socialismo, derivando os porquês de seus reiterados fracassos.

O pensamento dele é um antídoto contra populismos que perduram, sobretudo no Brasil. Milton Friedman afirmou que nenhuma figura teve influência tão grande sobre os intelectuais por trás da Cortina de Ferro e que os livros de Hayek contribuíram para o colapso da União Soviética. Conceitos incomuns a não iniciados em seu pensamento, como “ordem ampliada”, “propriedade separada” e “cataláxia”, são discorridos nesta obra. O que mais me chamou a atenção foi o  capítulo 8 onde trata sobre a “ordem ampliada” e sua relação com o crescimento populacional.

A derradeira obra de Hayek serve de convite a outras obras clássicas que ele produziu, especialmente “O Caminho da Servidão” (deveria ser leitura obrigatória em todos os cursos de política, sociologia e economia), “Os Fundamentos da Liberdade”, “Desestatização do Dinheiro”, “Direito, Legislação e Liberdade”.

Por falar em “O Caminho da Servidão”, tenho uma forte apreço pela obra, o “tiro de misericórdia” em minhas crenças socialistas. O capítulo 10 foi o mais perturbador na primeira leitura: “Por que os piores chegam ao poder”.

Só foi possível conhecer o pensamento de Hayek quando me afastei do ambiente acadêmico, em 2006, e pude me desintoxicar dos professores, quase todos de esquerda, doutrinadores.

 

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